Pages

maio 26, 2011

DeMolay: A Reunião


Li este texto no Blog do Irmão Felipe Giovani, Um Universo Inteiro. Achei interessante, segue para apreciação:

Em geral, o primeiro erro que se comete é pensar que a Reunião começa quando os Oficiais entram na Sala Capitular. O segundo, por sua vez, é análogo: é pensar que a Reunião termina quando os Oficiais saem da Sala Capitular. O que se deve ter em mente é que uma Reunião começa antes mesmo de seu início Ritualístico, embora não se possa definir com exatidão em qual momento, e termina, muitas vezes, depois do início, Ritualísticamente falando, de uma outra. Isso acontece porque uma Reunião é composta, administrativamente falando, de certas fases: uma antes, uma durante e outra depois. Assim temos:
A) ANTES:
Fase de planejamento. Nela é decido o conteúdo da Reunião e divulgado aos demais membros para que os mesmos possam planejar o que dirão/farão. É necessário que todos saibam com antecedência do assunto para não serem surpreendidos e, ocasionalmente, isso prejudicar, ou mesmo deixar de ajudar, a Reunião.

B) DURANTE:
É uma fase de aperfeiçoamento e subdivide-se em outras cinco.
  1. ABERTURA: aqui é feita uma explanação do assunto, o qual todos já tinham conhecimento prévio, embora não com total exatidão como o líder o terá.
  2. DISCUSSÃO: é o momento onde todas as possibilidades devem ser levantadas, sejam boas ou ruins.
  3. CONVERGÊNCIA: o Mestre Conselheiro tem o dever de escolher algumas das hipóteses levantadas, de acordo com o que achar ser melhor para o Capítulo, e tentar aprofundá-las um pouco mais até que se tenha, praticamente, apenas um caminho a ser seguido.
  4. AVALIAÇÃO: depois de ter encontrado o caminho, por assim dizer, é o momento de avaliar se ele é realmente o mais adequado. Essa parte é análoga à discussão. Muito semelhante. A diferença é que agora serão levantadas todas as possibilidades, sejam boas ou ruins, em relação, apenas, ao caminho escolhido. Ou seja, antes era uma discussão geral dentro de um determinado assunto (o assunto principal da Reunião). Agora é uma discussão pormenorizada e focada em um ou mais pontos do assunto principal da Reunião, focada no ponto de convergência (caminho escolhido) do assunto inicial da Reunião.
  5. FECHAMENTO ou CORROBORAÇÃO: feito tudo isso que foi descrito anteriormente, é esse o momento do Mestre Conselheiro definir a ação que será empreendida e pedir que fiquem de pé aqueles que concordem com tal decisão e, em seguida, que fiquem de pé aqueles que discordem de tal decisão, pois só assim poderá constar na ata, com exatidão, o que e como foi decidido. E é muito importante constar em ata, pois é ela o principal e, talvez, único documento que possa servir como prova quando for necessário. É muito importante, também, que a corroboração do empreendimento da ação futura seja feita de tal forma, pois, ao contrário do que diz o populacho, calar-se não é consentir. O máximo que se pode fazer é abster-se de votar/opinar, mas se se decide por votar, terá que fazê-lo expressando-se (ficando de pé no caso).
C) DEPOIS: é a fase de acompanhamento do empreendimento da ação e é, para mim, simplesmente, a parte mais importante. Idealizar quase todos são capazes. Fazer esforço mental e opinar também. Propor uma idéia genial é algo simples demais, mesmo que pareça o contrário. A parte realmente difícil é a execução. Nesse sentido, podemos citar o grande Karl Marx: "Os filósofos limitaram-se a interpretar o mundo de diversas maneiras, mas o que importa é modificá-lo." Contudo, podem perguntar: porque é a execução a parte mais difícil? Pois é onde irão surgir os imprevistos: coisas que não foram pensadas, tanto para facilitar quanto para dificultar a ação, falta de ajuda dos Irmãos (o que acontece com grande frequência), Irmãos tentando ajudar, mas fazendo de forma errada, etc.. Encerro esse post com uma outra citação de Karl Marx que tem certa relação com a falta de ajuda dos Irmãos e constitui-se em um ponto central para se refletir: "De nada valem as idéias sem homens para pô-las em prática."